Não
faço ideia de como foi pra você querido(a) leitor(a), mas a descoberta da
gravidez mudou minha vida! Quando abri aquele papel de exame e vi o
"positivo" veio um mix de sentimentos que eu não consigo explicar até
hoje.
Menos
de três anos depois, os mesmos sintomas... e agora? Voltamos ao mesmo
laboratório e dessa vez a palavra “reagente” nos pegou de surpresa. E a
primeira coisa que veio na minha cabeça foi: O ciúme! Tenho um bebê e vai
chegar outro!
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Miguel (7m) e Daniel (4a) |
A
barriga vai crescendo, começa toda aquela maratona de preparação do enxoval do
bebê, e toda coisa nova que chega vem aquela pergunta: “E o presente pra mim
mamãe?” e a mãe fica como? No chão, é claro!
Sempre
levei muito a sério essa coisa toda de não usar presente como recompensa, pra
não deixar Daniel dependente disso, porque a vida é dura e os primeiros 100
anos são os piores, e nem sempre tem recompensas! Ouvi muitas dicas tipo “dá
um presente pra ele dizendo que foi o irmão mais novo que mandou”, mas depois
ia ser como? Daniel não é besta, ia pensar como um bebê na barriga da mamãe
mandou presente pra ele... O negócio era conversar, e conversar, e conversar
muito!
Com
a barriga enorme e todo aquele incomodo da gravidez, o abraço dele sempre
ajudava! E ele vindo me perguntar quando o bebê vai chegar, me deixava toda
derretida. Um poço de hormônio ambulante, já tava chorando até com comercial de
TV, imagina quando o pequeno vinha me abraçar.
Mas
ainda pensava como seria quando o bebê chegasse de verdade, como seria quando
estivesse no resguardo e uma pilha de hormônios pós parto (No resguardo do
Daniel cheguei perto de uma depressão pós-parto, mas isso é assunto pra outro
post hehe)... Ficava pensando em bebês tubarões que os mais fortes comem os
mais fracos dentro do útero, e toda essa teoria de “sobrevivência do mais forte”.
Quando a mulher está grávida tem mais tendência a pensar certas besteiras! É só
comigo ou aconteceu com vocês também?
Então
como toda boa mãe hehe fui conversar com o dr. Google, e depois de muito
ler, achei “10 jeitinhos de lidar com o ciúme entre os irmãos”, um post da
revista Crescer que deixo nos favoritos até hoje pra quando vir aquele
desespero eu olhar lá e me lembrar que tudo faz parte do desenvolvimento.
Então
se liga nas dicas!!!
1.
Jamais faça comparações entre eles. Os filhos são sempre muito diferentes um do
outro. Que bom!
2.
Incentive a admiração mútua, elogiando os pontos fortes de cada um.
3. O jeito
que você gosta de cada filho tem a ver com afinidade, e isso é completamente
normal. Mas não demonstre preferência.
4. Não
se descuide do filho mais quieto, aquele que não pede afeto. Ele também precisa
de você.
5. Às
vezes, passe um tempo com cada filho separadamente, para dar atenção exclusiva.
6.
Identifique as situações de ciúme e procure intervir antes que vire uma nova
briga.
7.
Reforce, sempre, que a amizade entre os irmãos é única. Conte sobre seus
irmãos, se for o caso, e mostre exemplos em outras famílias.
8. Se o
ciúme os deixar agressivos, tente canalizar essa raiva para atividades
artísticas. Use argila, tinta, massinha, recortes...
9. Crie
situações para que eles trabalhem em equipe, como em jogos e brincadeiras.
10. Não
se desespere com as brigas. Elas são normais e fazem parte do desenvolvimento.
Isso
vale para crianças maiores, sim, mas também serve para pequenos como os meus.
Daniel tem 4 anos e Miguel tem 7 meses, mas volta e meia percebo como um quer o
brinquedo do outro, ou como o mais velho quer sentar no colo com a mamãe ou o
papai e deixar o pequeno sozinho no berço ou cercado. O que vale aqui é não se
desesperar! É NORMAL, você não está sozinha nessa caminhada!